domingo, abril 08, 2007

100% Bambu

Apesar de a obra ainda não estar concluída (uma camisola), aproveito para apresentar uma das minhas últimas descobertas: o fio de bambu. Este é da Rosários 4, e fiquei agradavelmente surpreendida por ver que uma empresa portuguesa rapidamente pôs no mercado este fio inovador, quando na altura ainda só se estava a começar a falar dele nas revistas estrangeiras. Isto foi no final do Verão passado, e na altura foi o único fio de bambu que vi no mercado.




Tem uma textura muito interessante, mais suave e macia do que o algodão, um pouco acetinada (embora com o uso perca algum deste "brilho"). É um fio muito agradável de tricotar, ao toque. Resulta um pouco escorregadio pois tem um cair pesado, mas também maleável, fluido e bonito.





Gostei imenso de tricotar com este fio. Como ele vale por si mesmo, optei por usar um ponto muito simples na camisola, o ponto de meia. Para os cós usei ponto de arroz.


Como entretanto comecei a pensar que fica demasiado simples estou a pensar em aproveitar um outro fio da Rosários 4, o Florence, em verde, e aplicar um bordado na camisola... O que acham?



Uma coisa que também me surpreendeu agradavelmente foi o quanto rende. São novelos de 100g (175m) e, para esta camisola com mangas pelo cotovelo, gastei cerca de 3 novelos... O fio podia ser tricotado com agulhas 4,5 mm mas eu optei por tricotar com agulhas de 5mm para ficar mais leve e fresquinho.

Na mesma loja onde comprei este fio, este ano, com a chegada dos fios para o Verão, já vi outras marcas de fios com bambu em mistura:

-Bamboolo, da Anchor (50g/71m) 70% bambu, 30% algodão (com cores muito suaves e apetitosas)

-Bambolin (100g/140m) mistura de bambu, linho e algodão

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quarta-feira, abril 04, 2007

Buscando lanas en Madrid...

Regressei de Madrid. Fiquei encantada com a cidade, acerca da qual não tinha uma imagem definida. Gostei da imponência dos edifícios, das ruas largas que se percorrem tão bem a pé, do conjunto harmonioso das fachadas, dos muitos e extensos espaços verdes... Dos passeios lisos e planos que permitem andar de saltos altos sem desconforto (por muito que goste de calçada portuguesa, convenhamos que não é a coisa mais prática para se percorrer em cima de uns saltos agulha... quem já tentou descer a calçada polida da Baixa num dia de chuva sabe do que eu estou a falar). E fiquei maravilhada com o garbo que as madrilenas põem no seu arranjo, seja qual for a idade: a maquilhagem que nunca é dispensada, a falta de medo às cores garridas, a roupa e os sapatos a combinar... são femininas e vistosas sem nunca serem vulgares, têm o salero, uma noção de estilo, arrojo e bom gosto, e isto tanto vale para as jovens com vinte anos como para as senhoras com setenta anos. Dá gosto ver.

“O Urso e o Medronheiro”, símbolos da cidade, junto às Portas do Sol

Uma das muitas belíssimas fachadas da cidade

Edifício dos Correios (!) e Plaza de las Cibeles

Parque del Buen Retiro, ao fim da tarde

Só fiquei muito desiludida por não ter encontrado uma única retrosaria por onde andei. Estava à espera de trazer uns novelos Lanas Stop e talvez algo mais, e nada. Dá-me ideia que em Barcelona será mais fácil encontrar lojas destas. Também fui à Fnac ver se tinham livros da Martita, que é o nome da Anita em Espanha, e o mesmo resultado: fiquei com a ideia que já há muito tempo que não é editada lá porque os empregados nem pareceram reconhecer o nome (quando fui à Fnac de Paris consegui trazer livros da Anita original, a Martine).


Por outro lado, descobri uma loja de chás que me deixou maravilhada, a Tea Shop (apesar do nome, trata-se de uma cadeia espanhola: Tea Shop of East West Company), com uma apresentação e uma variedade fantásticas. Por exemplo, tinham chá de chocolate. Entrar é uma experiência acolhedora e relaxante, podem-se ver/cheirar amostras de vários chás, provar alguns que estão feitos no momento e comprar vários acessórios. Infelizmente estas lojas não chegaram ainda a Portugal mas existem noutros países para além de Espanha. Mais pormenores aqui.


Tea Shop na Calle Fuencarral, 58


De regresso a Portugal, constato que os dias de calor afinal ainda andam longe...


Já andava toda entusiasmada para começar a trabalhar com algodão mas assim ainda apetece continuar nas lãs.
Ando com um saco de novelos de lã verde, a Fashion da Rosários 4, pendurado desde o Inverno passado: comecei a fazer uma capa, depois desmanchei, agora pensei em fazer uma espécie de poncho, ou camisola larga ou um agasalho do género casaco para usar por cima de outras peças. Já estão a ver que não está a ser fácil porque estou a ver se concilio os conceitos todos numa única peça...


Cachecol às riscas e gorro em liga

O meu mais recente projecto terminado é este conjunto de cachecol e gorro. Comecei há cerca de um ano, quando comprei a lã nos saldos e entretanto fui deixando arrumado, por pura preguiça de coser as pontas...
Tricotei o cachecol em liga em todas as voltas para um aspecto fofo, a combinar com as cores. O gorro é igual a um que vi numa loja o Inverno passado, é tricotado com duas agulhas, também em liga em todas as voltas, com mates nas voltas superiores e costura no fim. A flor é em croché.
Lã Rosários 4 Fashion 100% lã 50g/90m, agulhas 6 mm, agulha croché 4,5 mm





Agora vou ver se pego nos restantes projectos pendentes, que incluem uma camisola em bambu, tricotada desde o final do Verão passado e à espera de ser cosida.



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